Resultados

Produção de arroz na Safra 2022/2023 ultrapassa 7,2 milhões de toneladas

Produtividade média do Estado é de 8,79 toneladas por hectare e destaque para a Zona Sul com 9,645 toneladas por hectare

Foto: Fernanda Pinheiro - Irga - Resultado foi anunciado em coletiva de imprensa nesta quarta

As seis regiões produtoras gaúchas de arroz obtiveram uma produção de 7.239.985 toneladas do cereal na safra 2022/2023. A produtividade média do Estado chegou a 8,79 toneladas por hectare. O grande destaque foi a Zona Sul que obteve 9,64 toneladas por hectare. Os números foram divulgados na manhã desta quarta-feira (26) pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) que apresentou ainda os resultados da soja em várzea e os primeiros números do milho irrigado em unidades demonstrativas nas seis regionais do Instituto.

De acordo com o coordenador da Regional Zona Sul, Igor Kohls, este ano foi alcançado recorde de produtividade de 9.645 quilos por hectare de média, uma produção segundo ele, impressionante e que se deve a alguns fatores: a condição climática é uma delas, com um La Niña severo, com poucas chuvas e índice de radiação solar alto. Nas propriedades onde não faltou água e o produtor plantou dentro da época, a resposta produtiva foi espetacular, afirma.

Segundo ele, o produtor da região usa a alta tecnologia disponível. Algumas práticas de manejo que o produtor sabe que são fundamentais e segue à risca são o preparo antecipado e a época de semeadura. Nesta safra tivemos 68% da área preparada de maneira antecipada, o que permite a semeadura dentro da melhor época, diz. Destes, 60% do arroz é semeado sobre a resteva da soja, pois além da redução do custo de preparo do solo, um preparo rende duas safras, aumenta a fertilidade química do solo e reduz as plantas daninhas. A tendência para a próxima safra é ter uma área ainda maior de arroz na resteva, afirma.

Preparo antecipado e semeadura na resteva resultaram o plantio de 95% da área em outubro, o que permitiu explorar todo o potencial produtivo das cultivares, que conseguem aproveitar toda a luminosidade dos meses de dezembro e janeiro na fase reprodutiva. Ele cita ainda a cultivar Irga 424 RI semeada em 68% da área da zona Sul, com altíssimo potencial e estabilidade produtivos. Mesmo com uma redução de 5% na área de arroz, houve aumento de produtividade de 9%.

Na soja, houve aumento de área em relação à safra passada de 8% e uma pequena redução de produtividade principalmente em razão da estiagem. Em dezembro choveu 20mm em toda a região. No milho, foram mais de 3,5 mil hectares semeados e quase 95% com cultivar testada há cinco anos na Estação Experimental de Santa Vitória do Palmar e que vem obtendo os melhores resultados em produtividade, salienta.

Estado
Essa é a segunda maior produtividade já alcançada pelo arroz gaúcho, sendo superada apenas pela safra 2020/2021, que atingiu 9,01 t/ha. As cultivares Irga foram as mais utilizadas. No ranking, a IRGA 424 RI representou 54,3% do total e a IRGA 431 CL ficou em terceiro, com 9,2%. No geral, as cultivares IRGA somadas alcançaram 64,5% do total (além da 424 RI e 431 CL, aparecem no levantamento as cultivares BR-IRGA 409, IRGA 417, IRGA 424, IRGA 426 CL e IRGA 428).

A autarquia também divulgou dados sobre soja e milho em áreas de arroz. Nesta safra, a soja atingiu 506 mil hectares de produção, a maior marca já registrada em 14 anos de levantamento. A produtividade ficou em 2,58 toneladas por hectare no RS. O milho em terras baixas alcançou produção de 71.998 toneladas e produtividade de 6,51 ton/ha nesta safra. Essa é a primeira vez que o milho aparece no levantamento final da autarquia.

Participaram da apresentação o presidente do Irga, Rodrigo Machado; a diretora técnica, Flávia Tomita; o diretor administrativo, Cláudio Cava; o diretor comercial, Ailton Machado; o produtor rural e conselheiro fiscal da Federarroz Volzear Longaray Júnior; e a meteorologista e consultora do instituto Jossana Cera. A apresentação ocorreu no auditório da sede administrativa da entidade.

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